segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como funciona a escova progressiva?


Após o surgimento do alisamento japonês, pioneiro no quesito alisamento de fios, muitas técnicas surgiram prometendo alisar as madeixas e controlar o volume. Como muitas mulheres  dariam quase tudo por um cabelo lisinho, resolvemos conhecer a fundo o mundo dos alisamentos e relaxamentos e desembaraçar para você esse emaranhado de nomes e explicações químicas que aparecem quando se tenta entender como um cacho rebelde fica liso depois de algumas horas no cabeleireiro.

O primeiro passo é conhecer os personagens, ou seja, os agentes capazes de entrar no seu cabelo e modificar a estrutura do fio. O formol já foi estrela e fez sucesso nas escovas progressivas. Depois de proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cedeu lugar a duas famílias de substâncias. Os tioglicolatos (o tioglicolato de amônia e de etalonamina) são mais suaves, porém capazes de um alisamento bem eficiente. Já a família dos hidróxidos (que inclui o hidróxido de sódio, de cálcio e a guanidina), são mais fortes e, algumas vezes, incompatíveis com tinturas ou outras químicas.

Essas substâncias agem de forma semelhante, portanto a escolha do tipo de alisamento depende do estado do cabelo e da habilidade do profissional. “Para um cabelo fragilizado, que passou por tinturas e descolorações, sugiro um alisamento com tioglicolato, que é compatível com tintura. As guanidinas e hidróxidos são melhores para fios mais resistentes”, explica Célia Liberato, cabeleireira que trabalha com alisamento desde 1996, quando as primeiras escovas japonesas começaram a ser feitas no Brasil.

 

Como fica liso?

 

“Para modificar a estrutura do cabelo, o princípio alisante precisa entrar no fio, atravessar a cutícula e a medula até chegar ao córtex do fio, onde fica a queratina”, explica Maurício Puppo, professor de Cosmetologia. Lá no córtex, cada grupo de molécula de queratina se liga a outro por uma estrutura química denominada ponte de enxofre. Imagine os grupos de queratina como crianças e as pontes de enxofre são as mãos dadas. No cabelo encaracolado, as crianças estão com os braços encolhidos. Nos fios lisos, essas crianças estariam com os braços bem esticados, formando como se fosse um cordão. O alisante tem o poder de soltar as pontes de enxofre (as mãos das crianças) e fazer com que se unam de um jeito diferente. A chapinha ajuda esticar esses braços e os cabelo fica bem liso.

 

Que tipo de liso você quer?

As substâncias alisantes podem ser usadas para diferentes efeitos. Um mesmo princípio ativo é capaz de transformar um cabelo cacheado em um liso escorrido ou apenas soltar os cachos. “O que muda é a concentração do produto, o tempo de aplicação e o modo como fazemos o alisamento”, explica o hairstylist Júlio Crepaldi. 

Fuja das escovas naturais

É fácil ser seduzida pela promessa dos alisamentos que não levam nenhum tipo de química. A gente tende a acreditar nessas técnicas porque unem o útil (um alisamento perfeito) ao agradável (distância de substâncias pesadas que podem danificar o fio ou até prejudicar a saúde). Mas, que fique claro de uma vez por todas: nem frutas, nem chocolate, nem menta, nem argila, nem leite, nem cana-de-açúcar, nem misturas hidratantes importadas são capazes de mudar a estrutura do fio, ou seja, alisar o seu cabelo.

Fonte: Boa Forma 

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